Plano Diretor de Macrodrenagem
O Plano Diretor de Macrodrenagem da Bacia Hidrográfica do rio Tietê visa a cessar os problemas de inundações que ocorrem na Região Metropolitana de São Paulo. É um projeto que engloba obras em conjunto no rio Tietê, de responsabilidade estadual, e os rios e córregos da RMSP, de responsabilidade municipal.
Assim, o rio Aricanduva faz parte deste plano que está em execução tanto no rio Tietê como no próprio Aricanduva. Obras de rebaixamento da calha estão sendo realizadas no rio Tietê em grande parte de sua extensão. Esta obra é totalmente relevante à solução das inundações no Aricanduva; muitas vezes a vazão do rio Tietê é invertida jogando o excesso de suas águas para o próprio Aricanduva.
No rio Aricanduva privilegiou-se a construção de reservatórios de contenção de picos de enchente, os piscinões. A solução adotada mostra-se tecnicamente compatível com a região, em vista de grandes lotes de terra vazios próximos às margens do rio. E as vantagens de construir piscinões, segundo o superintendente do DAEE, José Bernardo Ortiz, é a preservação da área, impedindo sua invasão e ocupação, o que é certo.
O Plano prevê para a bacia do rio Aricanduva a construção de 13 reservatórios: Aricanduva 1, 2, 3 e 4, no rio Aricanduva, Machado 1 e 2, no córrego do Machado, Inhumas no córrego Inhumas, Limoeiro, Caaguassu, Taboão 1 e 2 e Rincão 1 e 2. Destes, 3 estão em pleno funcionamento (Aricanduva 1, Limoeiro e Caaguassu), o Aricanduva 3 foi inaugurado em outubro deste ano e outros quatro deverão ficar prontos até o final deste ano. Este cinco últimos estão sendo executados todos pela atual administração municipal. Com os oito piscinões funcionando, a capacidade de armazenamento de água passará de 810 mil metros cúbicos atuais para 1 milhão e 800 mil metros cúbicos.
No plano incluem-se ainda obras de alargamento do leito do rio, desassoareamento do canal entre a foz e a avenida Ragueb Chohfi, alteamento da ponte da rua Baquiá e da rua Tumucumaque e implantação do sistema de bombeamento ou alteamento da área baixa das margens. Tudo isto numa primeira etapa, para atender um tempo de retorno de chuvas de 10 anos. A segunda etapa (tempo de retorno igual a 25 anos) inclui revestimento do fundo do canal Aricanduva entre os trechos entre as foz dos córregos Rincão e Taboão. E numa terceira etapa para tempo de retorno de 100 anos prevê a construção de uma galeria auxiliar pela margem esquerda, entre o rio Tietê e a foz do córrego Taboão.