Análise do Plano Diretor de Macrodrenagem dentro da requalificação de espaços urbanos
O Plano Diretor, no que diz respeito ao Rio Aricanduva, tem vantagens e desvantagens em nossa análise. Parece-me bastante eficiente quanto ao que propõe que é o fim das enchentes. Foi tomada como solução a construção de diversos reservatórios de contenção ao longo da bacia em áreas não edificadas o que facilitou o processo de desapropriação. Mas quanto à tentativa de melhorar a qualidade de espaço urbano nas margens, penso que ficou a desejar. A implementação de um parque junto ao leito do rio nos parece uma idéia muito insalubre: as águas são por demais poluídas que a vegetação provavelmente pereceria ao longo das cheias. E como poderia ser de uso comum? Como caminhar ao lado de um rio tão fétido? São questões pertinentes, que muitas vezes parecem funcionar no papel, mas não na prática. Valorizar-se-ia o rio em si, mas não haveria tratamento paisagístico ou qualquer melhora na qualidade do espaço.
Mas por acabar com as enchentes, o Plano poderia atrair novos investidores que poderiam financiar melhorias e valorizar o espaço. Acho que finda as obras previstas pelo Plano Diretor de Macrodrenagem, seria hora de organizar a requalificação urbana ao longo da Aricanduva, juntamente com a iniciativa privada que instalar-se-á nesta região, que assim pensamos, tem potencial, como mostrou a evolução do Complexo Comercial Aricanduva.
Assim, apresentaremos a seguir nossas propostas fundadas a partir dos resultados esperados pelo Plano Diretor de Macrodrenagem, que acreditamos ser muito bom, apenas incompleto no ponto de vista de Planejamento Urbano.