Intervenção
no Brás e Pari
A
habitação de qualidade como meio de fixação
da população
Introdução
A
área escolhida para intervenção, que corresponde a
uma delimitação dentro do distrito do Brás e
Pari e tem como ponto central o Largo da Concórdia, apresenta características
particulares como a presença do comércio especializado (principalmente
de tecidos e vestuário, mas também abrange as atividades
de madeireira e artigos nordestinos), bem como a grande concentração
de ambulantes. Estas atividades atraem uma considerável quantidade
de pessoas, entre trabalhadores e compradores, que demandam uma melhoria
qualitativa e quantitativa na infra-estrutura, já que, em
certos pontos a mesma apresenta-se sobrecarregada e, em outros, subutilizada.
Observando-se esses aspectos, conclui-se que há uma distribuição
irregular da infra-estrutura e a intervenção deverá
ser no sentido melhorar o arranjo existente, criando uma mehor qualidade
de vida para a população local e flutuante.
Diagnóstico
A
configuração dessa área é resultado de um processo
histórico de desconcentração das atividades
industriais originais e o conseqüente esvaziamento dos galpões
e a evasão da população ligada à manutenção
dessas atividades. Com o passar do tempo e com o crescimento da cidade
inciou-se um processo d e mudança e devido a sua localização
estratégica e sistema viário já consolidado, o comércio
popular e atacadista iniciam suas atividades no local, atraindo novos
tipos de trabalhadores e o comércio informal.
Nesse
novo contexto, observam-se inúmeros problemas:
-
o fato da população não ter como perspectiva a fixação
a longo prazo no local seja por razões relativas à
precariedade da habitação ou pela falta de investimentos
públicos e privados na região que acarreta uma carência
de equipamentos necessários à manutenção da
atividade habitacional; - a existência de galpões
subutilizados ou vazios que são alvo da especulação
imobiliária e que poderiam passar por um processo de retrofit
para a implantação de outras atividades (comercial,
institucional, habitacional...); - a falta de áreas verdes
devido ao intenso processo de ocupação original que não
foi suprida posteriormente; - nessa área há uma
confluência de sistema viário - trem, ônibus, metrô
e importantes vias de ligação da cidade - que caracteriza
o local como uma região de fácil acesso, porém traz
conseqüências indesejáveis à instalação
de moradia; - poluição visual causada pela sinalização
desordenada e irregular das atividades comerciais; - falta de equipamentos
culturais, esportivos, de saúde e de lazer; - pólo
de atração de migrantes de várias partes do país
em busca de melhores condições de vida e que acabam
contribuindo para o acréscimo do contingente desempregado ou subempregado
(camelôs), resultando em um aumento da demanda por habitação
e que, num primeiro momento, incorporam-se à massa de habitantes
dos cortiços e pensões da região. Essa migraçãopromove
a existência de rodoviárias clandestinas na região;
- a presença maciça de atividades de comércio informal
(ambulantes) que causam impacto nas relações de comércio
e trabalho formais da região, geram conflitos com a polícia
e a fiscalização e constituem, fisicamente, mais um
problema na paisagemurbana, apesar das tentativas infrutíferas
de realocação - como a construção do camelódromo
contíguo à estação Brás do metrô
; - área de concentração de imigrantes que sofrem
um processo de "escravização" nas confecções,
principalmente bolivianos;
A
concentração de trabalhadores que moram atualmente na região
se dá prioritariamente porque algumas das atividades desenvolvidas,
como as confecções e as tecelagens, demandam uma grande
quantidade de mão-de-obra, que busca se fixar próximo ao
local de trabalho. Entretanto, por não haver oferta de habitação
de qualidade a um preço acessível, acaba havendo a
consolidação das moradias precárias, pensões
e cortiços - este último podendo ser de aluguel ou
resultado de invasão de propriedades desocupadas. Observando
os problemas acima citados, consideramos que a intervenção
prioritária para a reestruturação da região
deverá ter como foco a produção de habitação
pois acreditamos que sua implantação com qualidade
demanda equipamentos de suporte e melhorias da infra-estrutura como
um todo. Essa melhoria da qualidade de vida faria com que a população
tivesse a perspectiva de fixação na região -
que vem apresentando uma taxa negativa de crescimento populacional - ,
atraindo mais investimentos públicos e privados, valorizando a área
que tem seu potencial subaproveitado. A produção
de habitação não visa restringir o uso nestes locais,
a intenção é promover o uso misto, porém
mantendo os corredores especializados que são a grande fonte de
renda e de empregos da região.
1/4
2/4
Zoneamento
Através
da leitura dos levantamentos realizados pelo Instituto Pólis, delimitamos
uma área que se insere nos distritos do Brás e Pari
que concentram as problemáticas anteriormente mencionadas,
elegendo-as como áreas prioritárias a sofrerem intervenções.
Dentro dessa área, determinamos zonas diferenciadas que apresentam
características próprias e que portanto serão
objeto de ações e diretrizes específicas, apresentadas
abaixo.
Zona
A - Equipamentos e Áreas Verdes
O
corredor decorrente da presença da linha férrea constitui-se
numa área de barreira inutilizada, mas que poderia ser transformada
em um parque linear, abrigando inúmeros equipamentos de cultura,
lazer, esportes e, principalmente, de áreas verdes. A instalação
desses equipamentos poderá ser realizada também nos galpões
vazios, que contribuiriam para a implantação de um
projeto paisagístico, propiciando a criação de uma
área verde, quase inexistente na região. Essa
intervenção possibilitaria a formação de eixos
de ligação entre os dois lados da linha do trem, a
região do Centro e a Zona Leste da cidade, podendo esta zona ser
estendida ao longo da linha férrea. Tais propostas seriam
implantadas através dos seguintes instrumentos legais do Estatuto
da Cidade:
1.
Primeiramente serão realizados incentivos à construção
de equipamentos para a população, como por exemplo,
equipamentos culturais, educacionais, de lazer e de saúde, assim
como a criação de áreas mantidas por instituições
privadas, mas de uso e acesso público. Como exemplo desse
tipo de espaço, podemos citar o do Banco Itaú localizado
no metrô Conceição ou a área entre os
prédios da Caixa Econômica Federal na Avenida Paulista.
2. Posteriormente, nos terrenos vazios ou sub-utilizados aplicar-se-á
o IPTU progressivo no tempo para forçar o proprietário
a construir seguindo as diretrizes estabelecidas para esta área.
Se este instrumento não tiver efeito, aplicar-se-á a desapropriação
compulsória com pagamento em dinheiro ou em títulos
da dívida pública.
3. As propriedades que apresentarem algum tipo de uso e que se localizarem
numa área de interesse do poder público, será
conferido ao poder público municipal o direito de preempção,
que dá preferência a este para a aquisição deste
imóvel, quando objeto de alienação onerosa.
No caso do terreno não estar à venda, será aplicada
a desapropriação compulsória com pagamento em
títulos da dívida pública ou o proprietário
recebe o direito de construir em outro local (transferência
do direito de construir) dentro dos limites da área de intervenção.
4. Coeficiente de aproveitamento básico: 1 Coeficiente de
aproveitamento máximo: 2 Taxa de ocupação: 0,5
Zona
B - Variedade habitacional
Esta
zona possui uso misto e serão criados incentivos às iniciativas
de construção habitacional privadas, sendo permitida
e incentivada a verticalização como forma de propiciar
uma maior permeabilidade do solo. Essa zona tem como característica
uma menor intervenção do poder público e consequentemente
uma ação mais livre do mercado imobiliário.
1. A contribuição de melhoria é caracterizada pelo
pagamento de uma taxa ou através do aumento de impostos, proporcional
à valorização do terreno ou da propriedade privada
após a implantação de uma obra pública
ou plano de intervenção que visa tornar mais igualitária
a distribuição de investimentos em toda a área
do plano, evitando, assim, o comprometimento das iniciativas e investimentos
privados somente com as áreas de maior rentabilidade.Tal instrumento
não incide sobre certos imóveis, como os de uso público,
os de culto religioso e aqueles de pequeno valor, único patrimônio
de seu proprietário. Assim o ônus que anteriormente
recaía sobre o setor público será custeado por proprietários
privados, principais beneficiados pelas melhorias.
2. Quanto maior o investimento privado em infra estrutura pública,
menor será o valor cobrado pela outorga onerosa. Desse modo,
o setor privado arcará com os custos que o adensamento urbano
acarretará na região.
3. Os galpões sub-utilizados poderão ser transformados em
habitação para a classe de renda média e alta,
ou em equipamentos de suporte aos moradores da região. A habitação
para uma classe de renda mais elevada trará investimentos
particulares, valorizando toda a área. Tal valorização
ocorrerá sob controle cuidadoso do setor público para evitar
a expulsão da população local de renda mais baixa.
4.
A especulação imobiliária deverá ser controlada
pela subprefeitura da Móoca, pelos mesmos instrumentos já
mencionados anteriormente (IPTU progressivo, direito de preempção,
desapropriação compulsória, etc.) sendo que esta poderá
intervir em qualquer tipo de decisão em favor dos interesses
públicos.
5.
CA básico: 2 CA máx: 4 TO: 0,5
Zona
C - Intervenção nos Cortiços
cont/...
in fine 
Conclusão
A
região do Brás configura um pólo de importância
regional, uma área de grande potencial que, no entanto, é
pouco aproveitada. As diretrizes propostas neste trabalho visam concretizar
esse potencial através da melhoria global das condições
dessa região em benefício da totalidade dos indivíduos
e não somente dos setores de maior renda. Entretanto, sabemos
que essa concretização apenas será realizada com um
projeto de desenho urbano elaborado a partir das diretrizes propostas
para cada zona. Apesar dos instrumentos serem os mesmos nas várias
zonas delimitadas no nosso plano, a forma como eles seriam usados
são diferentes em cada zona, de acordo com as características
específicas de cada área. A idéia seria a expansão
desse modelo nas regiões que apresentam o mesmo problema de
evasão da população, do fato de serem bem servidos
de infra-estrutura (zonas centrais de modo geral) A fixação
da população e a atenção voltada principalmente
para o foco da habitação e a opção por
zonas de uso misto deste plano não deve, de forma alguma, acabar
com o uso existente nas áreas e já consolidado como
pode-se notar nos corredores comerciais especializados, que são
a principal fonte de renda e empregos de grande parte dos moradores
da região, que geralmente têm sua habitaçã
o perto do local onde trabalham, sejam elas precárias (cortiços,
pensões, etc) ou não.
Detalhes
das propostas
A
etapa seguinte à elaboração do zoneamento, conforme
apresentado na conclusão, seria o da determinação
do desenho urbano. Este consiste na aplicação das leis
e regulamentos vigentes em cada área no traçado de uma tipologia
particular que lhe será característica. As perspectivas
presentes nesta prancha consistem em uma pequena amostra da configuração
proposta para algumas das zonas. Devido ao grande tempo dispendido
no estudo da região e determinação de seu zoneamento,
não foi possível desenvolver esta fase do trabalho ainda
nesta disciplina. A idéia do grupo é de continuar o estudo
desta região na próxima disciplina de planejamento, que trata
de desenho urbano, para finalizar o projeto. Consideramos esta etapa de
interpretação das leis e o traçado da configuração
das zonas constitui a fase mais importante do projeto, pois é ela
que determina a "cara" do lugar.
***
Bibliografia
-POLIS
(Inst.). Propostas para o Plano Regional Estratégico da Subprefeitura
da Mooca. Sã o Paulo: Instituto Pólis, 2003.
-AMBROSIS, Clementina De. Recuperação da Valorização
imobiliária Decorrente da Urbanização, in O
Município no século XXI: cenários e perspectivas.
São Paulo: Fundação Prefeito Faria Lima Cepam,
1998.
-SILVA, Helena Menna Barreto. Habitação no Centro de SP:
como viabilizar essa idéia?, documento preparatório
para o Seminário de Habitação no Centro de SP: como
viabilizar essa idéia?. São Paulo, 2000.
-VILLAÇA, Flávio José Magalhães Efeitos do
espaço sobre o social na metrópole brasileira. .In:
Metrópole e globalização : conhecendo a cidade de
São Paulo. São Paulo : CEDESP, 1999.
-SEMPLA / Planos Urbanos. Plano Diretor Estratégico - Legislação
de Uso e Ocupação do Solo. São Paulo: SEMPLA,
2003.
-OLIVEIRA, Isabel Cristina Eiras de. Estatuto da Cidade; para compreender....Rio
de Janeiro: IBAM/DUMA, 2001.
MAPAS
-MAPOGRAF. Guia de Zoneamento. São Paulo: Mapograf, 1995.
-SÃO PAULO, Governo do Estado de./GEGRAN.Grande São Paulo.
São Paulo: GEGRAN, 1972/1974. Esc.: 1:2000
.
Topo
/cont.
Zona
C - Intervenção nos Cortiços
Nessa
zona, devido à concentração de cortiços e a
existência de galpões, a ação prioritária
será no sentido de realizar a fixação da população
residente, através da melhoria da qualidade habitacional,
inicialmente por meio dos seguintes incentivos: - isenção
de IPTU por determinado período; - redução da
taxa de outorga onerosa para a construção de moradias;
-linhas de crédito; -possibilidade dos moradores de habitações
precárias de participarem de programas como o PAR (Programa
de Arrendamento Residencial) e o PAC (Programa de Ação nos
Cortiços) com financiamentos da Caixa Econômica Federal.
Deverão
ser também aplicados os seguintes instrumentos:
1. Usucapião coletiva para regularização fundiária
nos casos em que a propriedade é invadida e ocupada com fins
residenciais por mais de cinco anos e sem contestação da
posse pelo proprietário e desde que os possuidores não
sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural.
2. Melhoria das condições habitacionais das populações
residentes através de reformas dos cortiços e transferência
de parte da população para outras construções,
já que geralmente estes cortiços apresentam-se superpovoados.
3. Nos terrenos sub-utilizados, será aplicado o IPTU progressivo
e, caso o proprietário efetuar a venda do terreno, caberá
à municipalidade utilizar-se do instrumento do direito de preempção
para a implantação de habitação.
4. Parte dos recursos obtidos através da venda das habitações
construídas nos terrenos subutilizados será revertida
para a reforma de melhoria dos cortiços.
5. O proprietário fará a reforma do cortiço e, dependendo
das condições do imóvel após a reforma
poderá vender as unidades, ou então doa para a prefeitura
em troca de potencial construtivo e a municipalidade deve fazer nesse
caso habitação de interesse social (com aluguel social).
6. Criar critérios para escolha de que imóveis estão
em condições de reforma e quais devem ser demolidos.
7. Coeficiente de aproveitamento básico:1
Coeficiente de aproveitamento máximo:2
Taxa de ocupação: 0,7, exceto na reforma de cortiços
existentes
Zona
D - Largo da Concórdia
O
largo corresponde a um pólo de centralidade de toda a região
do Brás e do Pari, concentrando comércio especializado
de vestuário. Esse uso específico gera grande movimento
durante o dia, o que acaba por atrair o comércio ambulante. A ocupação
desordenada das vias públicas pelos camelôs gera vários
problemas de circulação, tanto para os pedestres como
para os automóveis.
Visando
resolver estes problemas foram estabelecidas as seguintes propostas:
1. Regulamentação e fiscalização efetivas da
atividade informal dos ambulantes através de cadastramento
e cobrança de taxas.
2. Desenho urbano de intervenção projetual para organizar
o grande número de camelôs existentes e que torna impossível
a circulação de pedestres, mas que gera uma renda importante
e uma demanda de habitações.
3. Ocupação de imóveis sub-utilizados e a sua transformação
em hotéis para pernoite de sacoleiros e migrantes que chegam
pela estação ferroviária e rodoviárias clandestinas.
Zona
E - Corredores de Comércio Especializado
Essa
área é caracterizada pela existência já consolidada
de corredores comerciais especializados, que atrai um grande público
consumidor, sendo a maior fonte de renda da área. A intervenção
nesta zona deverá visar a manutenção da atividade
comercial pré-existente, com a melhoria das condições
gerais urbanísticas, bem como a fiscalização das relações
trabalhistas com a finalidade de coibir a ação exploratória
da mão-de-obra, assegurando condições mais dignas
de vida.
- A outorga onerosa poderá ser realizada nesta zona desde que haja
a manutenção da atividade comercial no térreo
e sobreloja. Caso o proprietário deseje construir mais do que o
C. A. permite, este deverá pagar ao poder público o
direito concedido como valor proporcional ao custo do terreno. Os
recursos provenientes da outorga onerosa deverão ser repassados
para investimento em projetos de interesse da área delimitada
de intervenção. - Melhoria das vias de circulação
de pedestres e regulamentação das sinalizações
das fachadas de estabelecimentos comerciais para tornar a região
mais aprazível e minimizar a poluição visual.
- Esta área poderá ser objeto da transferência do direito
de construção, na qual o proprietário poderá
realizar o aumento do coeficiente de aproveitamento do terreno desde que,
como no caso da outorga onerosa, haja a manutenção
da atividade comercial no térreo e sobreloja. - C. A. básico
= 2, C. A. Máximo = 4, T. O. = 0,7
Zona
F - Transição
As
principais características propostas para essa zona são:
uso misto, verticalização não muito acentuada,
densidade intermediária entre a zona comercial e a zona habitacional.
A criação dessa zona visa realizar intermediação
entre as zonas ocupadas por comércio especializado e as zonas
ocupadas por habitações, bem como promover uma variedade
social no perímetro de intervenção. As
atividades comerciais presentes nessa área são diversificadas
e servem de suporte à habitação. - Iniciativas
do governo, através da COHAB e CDHU, para a criação
de habitação de média renda como forma de atrair
a produção habitacional privada - utilização
dos galpões abandonados. -Basicamente os instrumentos de intervençãoserão
os mesmos previstos para a zona B. a diferença estará
na menor densidade e verticaliazação menos acentuada.
C. A. básico = 1, C. A. máximo = 3, T. O. = 0,5
Zona
G - ZEIS (Zona Especial de Interesse Social)
As
principais características dessa zona são: uso misto, produção
de habitação de interesse social, densidade média.
A ação do poder público dar-se-á no sentido
de propiciar uma ocupação habitacional para a baixa
renda através da criação de habitações
populares, bem como retrofit de cortiços e habitações
precárias. Para viabilizar essa ação, deverão
ser realizados: 1. Cadastro na subprefeitura das habitações
populares tipo cortiço existentes. 2. Melhoria das condições
dessas habitações através de incentivos como a diminuição
ou isenção do IPTU por um determinado período
para os imóveis regularizados (essa regulamentação
deverá ser realizada segundo parâmetros mínimos
a serem determinados). 3. Uso dos instrumentos de intervenção
já mencionados (IPTU progressivo, direito de preempção,
desapropriação) para aquisição de terrenos
vazios cujo destino será a construção de H. I. S.
4. Transferência do direito de construir para imóveis classificados
como cortiço em troca da doação do imóvel
para a municipalidade, esta deverá efetuar os devidos melhoramentos.
5. Implementação das CONZEIS (Conselho das ZEIS) cuja função
seria administrar as atividades das ZEIS existentes na área
delimitada pela proposta de intervenção urbana.
As
responsabilidadesda CONZEIS são as seguintes: - administração
e regulamentação dos preços dos aluguéis dos
imóveis cadastrados. - aprovação dos projetos
de H. I. S. tanto pela iniciativa privada quanto pelo poder público.
- projetos de melhoria da infra-estrutura e paisagem urbana com o dinheiro
arrecadado pelas moradias de aluguel administradas pelo conselho.
- promover a administração participativa nos projetos de
melhoramento da zona.
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