|
AUP-272
Organização
urbana e planejamento
2° semestre
de 2004 Monografia individual apresentada à disciplina de AUP 272 Janeiro 2005 TRANSPORTE
URBANO
Introdução
A
área de
estudo e’ a Região Metropolitana de São Paulo RMSP
caracterizada pela sua
grande importância na economia nacional, extensão
territorial, pelo numero de
habitantes e também pela desigualdade social.
Este trabalho trata justamente deste ultimo item,
relacionado ao
transporte urbano: o transporte publico e o privado. Muitos dos
problemas presentes são causados pela política nacional,
principalmente
relacionada a economia e a desigualdade,mas creio que através de
um planejamento
apropriado grande parte das questões poderão ser
resolvidas. A política de transporte urbano na RMSP e no Brasil Quando se
fala
em transporte numa grande cidade como São Paulo logo imaginamos
aspectos
negativos como os intermináveis congestionamentos e a perda da
produtividade, a
poluição entre muitos outros. Logo em seguida pensamos
sobre que modo
poderíamos consertar este problema: mais transporte coletivo,
afinal o numero
de veículos presentes nas ruas e avenidas são
individuais. Isto infelizmente
não e’ tão simples assim... O
crescimento
acelerado das cidades brasileiras e principalmente de São Paulo
tanto
fisicamente quanto economicamente abriu o debate sobre as
políticas de
transporte urbano e como esta poderia estar sendo destinada a planejar
e
organizar o deslocamento das pessoas e mercadorias. Tal
discussão refere-se `a
separação do transporte publico e individual, dos
investimentos no sistema
viário e de transportes. Mas vemos que quase nada esta
melhorando: a grande
maioria da população não esta sendo beneficiada
com o transporte publico, ou
seja, não ha condições adequadas de deslocamento,
alem disso ha
incompatibilidade entre o custo do transporte e a capacidade de
pagamento dos
usuários, bem como elevados custos de implantação
de grandes sistemas de
transporte publico. Não
devemos
esquecer que a classe media também esta ligada a isso e que
dela, como também
das elites, a política de transporte urbano depende. Os
interesses destas
classes “interferem nas ações tomadas. (...) varia
conforme a dimensão destas
classes medias e seu poder frente ao Estado, estando intimamente ligada
`a
natureza e ao desenrolar do processo de desenvolvimento econômico
e político de
cada pais.” Como diz Eduardo Vasconcellos, consultor na área de
transportes. Para tornar
essas questões mais claras serão discutidas a seguir a
visão e o papel do
automóvel na sociedade, em seguida as formas de
produção e de apropriação do
espaço de circulação na RMSP e uma breve
descrição do processo de seu
desenvolvimento e sua relação com o surgimento das nova
classes medias dentro
do processo de modernização capitalista. O Automóvel Por que as
pessoas querem utilizar o carro? O
automóvel
ocupa no imaginário da população brasileira uma
posição de grande importância. De
acordo com o texto “as visões convencionais sobre o
automóvel” de Eduardo
Vasconcellos podemos sistematizar as visões mais comuns do
automóvel: a
antropológica, política e psicológica. Para a
primeira, o automóvel esta fortemente ligado ao “status” ou
símbolo de riqueza
e esta ligada a alguns dos valores da sociedade contemporânea. A
aquisição
deste produto constitui um objetivo para grande parte das pessoas e
também no
sentido “da sua relação com símbolos de
exteriorização frente aos grupos
sociais de convivência”. A segunda visão corresponde aos
símbolos de liberdade
e privacidade. Com o carro, as pessoas podem ir e vir quando quiserem
com
conforto, esta ligada a idéia como um espaço de vivencia
individual “ como uma
extensão do espaço privado de existência”, talvez
isso corresponda ao alto
numero de acidentes dada pela utilização abusiva do
automóvel e da ocupação
perigosa e irresponsável do
espaço. A
ultima visão esta ligada ao psicológico, `as
idéias de auto-afirmacao. Estas
visões
somadas são utilizadas pela mídia sabiamente na venda e
no incentivo ao consumo
dos automóveis,mas não são unicamente a resposta
para o alto consumo destes
produtos. Realmente existem outros motivos para que as pessoas queiram
adquirir
uma mercadoria que lhes e’ oferecida e cuja aquisição e
consumo se atiram
ferozmente. O próximo passo será a analise das formas de
utilização do espaço
urbano,mais propriamente na RMSP.
Onibus versus
automóvel na dec. 50. O Espaço Urbano O uso do
espaço
urbano e’ feito pelo ato de circular pelo sistema viário. Ao
circular a pessoa
desempenha as atividades que deseja ou necessita e que estão
ligadas por meio
de uma rede de espaço e tempo. Para melhor compreender a
utilização de tal
espaço devemos definir alguns conceitos compilados por Csaba
Deak. O espaço e’ o conjunto de relações
entre
as localizações nele contido e a especificidade de um
espaço se da devido `a
maneira peculiar que as suas localizações se relacionam.
Para a otimização do
desenvolvimento da economia ha a necessidade de que este espaço
seja homogêneo
de tal forma que novas relações possam surgir e que seja
impossibilitada a
criação de um regime de acumulação
autônomo. O espaço urbano deve viabilizar as
trocas humana caso contrario não pode ser definido como
espaço. Alem disso a
capacidade de transformação de um espaço determina
seu sucesso como abrigo para
os processos produtivos, que possuem uma dinâmica tal que, caso o
espaço não
seja capaz de evoluir na mesma velocidade, ele torna-se obsoleto,
estagnado. Tal
mudança não e’, necessariamente física, mas o
valores de uso, localizações e
comunicações devem ter a liberdade de serem
mutáveis. A localização e’ a condição sine qua non para quanquel atividade,
isto e’, toda atividade seja ela econômica cultural ou
técnica, necessita de um
lugar para acontecer. Localizações não são
permanentes, elas se tornam
obsoletas se não acompanharem a mutabilidade das necessidades
humanas. Na
verdade, uma localização pode ser, fisicamente,
idêntica por séculos e
manter-se viva, contanto que seu uso e sua relação com o
entorno sejam sempre
modernizadas. O valor de uso e’ um atributo do espaço,
devido `as localizações e/ou comunicações
nele contidas, um determinado espaço
possui valor de uso quando ele tem alguma utilidade produtiva, tanto
economicamente quanto culturalmente. Uma vez que a
organização do espaço
produtivo esta intimamente ligada ao mercado, uma determinada
localização passa
a ter devido a peculiaridades passiveis de exploração
capitalista, também, um
valor de troca, regulado pelo mesmo mercado, como qualquer outra
mercadoria. “ O valor de uso do espaço e’ representado pelas localizações nele contidas – mas, por sua
A acessibilidade esta relacionada `a
existência de uma comunicação entre dois locais,
tornando-os acessíveis entre
si. Já a mobilidade leva em conta o
tempo gasto no percurso, bem como o custo da viagem e o poder
aquisitivo da
população. “ A operação cotidiana desta
rede de espaço e tempo e’ feita por
meio de otimização de tempo e custo ou ‘orcamento
espaço-tempo’ (...) são
altamente condicionadas pelas condições
sócio-economicas das pessoas,assim como
a constituição da própria rede de atividades.”2
. Se um cidadão
precisa pegar duas conduções para chegar ao seu trabalho,
o custo mensal de
transporte e’ cerca de 70% de um salário mínimo. Alem
disso, o tempo de viagem
deve exceder duas horas diárias, o que significa que duas horas
foram
potencialmente perdidas. Se a sua renda não for muito maior que
apenas um
salário mínimo, este cidadão precisara trabalhar
mais para seu sustento,
alternativa bastante complicada já que passa pelo menos dez
horas de seu dia no
trabalho ou no caminho para ele. Ao
analisarmos
a RMSP de perto podemos perceber que ela ainda deve resolver seus
problemas
internos, pois caso contrario não poderá competir no
chamado “mundo
globalizado”. A freqüência de congestionamentos com
extensões superiores a
100km e’ o problema mais evidente e, alem dele, ha a escassez de
mobilidade das
classes menos abastadas devido `a ineficiência do transporte
publico e `a ma’
distribuição de infra-estrutura em geral. Na RMSP a
infra-estrutura de transportes e’ mal distribuída, sendo quase
toda direcionada
para o Centro, de modo que para chegar de um extremo a outro da cidade
não ha
alternativa alem de ir primeiro ate o Centro e a partir dele
direcionar-se para
sua destinação. A rede de ônibus tem algumas poucas
linhas que fogem `a essa
regra, mas mesmo assim ha a necessidade de mais de uma
condução para fazer o
percurso. Alem dos transportes, a maioria de ofertas de emprego esta
localizada
no eixo Centro Histórico em direção `a sudoeste. Congestionamento
em São Paulo, década de 50. Tal
concentração de infra-estrutura torna o preço da
terra muito mais elevado,
tornando inviável para a população de baixa renda
manter-se nestes locais que
acabam se deslocando para a periferia cujo valor da terra e’ mais
acessível. A
distancia da casa para o trabalho torna-se maior e devido `a escassez
de
infra-estrutura nestas áreas periféricas, o tempo e o
custo deste transporte
eleva-se e a mobilidade diminui na mesma proporção.
Nestas situações sequer ha
a alternativa de transporte individual, afinal um automóvel tem
um custo de
aquisição e de manutenção muito alto. A
situação se
torna cíclica quando ha uma expansão parcial da
infra-estrutura, criando um
novo eixo para a exploração do mercado e dessa maneira a
expulsão da população
de baixa renda. No entanto, a infra-estrutura cobrira todo o
município e
provavelmente toda a metrópole, assim os preços tendem a
se uniformizar,
possibilitando que a mobilidade seja menos desigual. E’ justamente esta
homogeneização que deve ser buscada para que todas as
classes sociais possam
utilizar com segurança, conforto, eficiência e custo. O desenvolvimento da cidade e o PITU 2020 “ O
automóvel
e’ a figura chave do desastre contemporâneo, o maior inimigo do
nosso ideal de
cidade. Por que foi esta maquina que acabou por editar uma
política de desenho
urbanístico capaz de permitir que as empresas se afastassem do
centro e que se
criasse o modelo das habitações fechadas e fora da
área urbana, o que obriga o
uso do carro. A cidade passou a ser projetada para servir `a industria
automobilística. (...) os destinos são quase sempre
ambientes inclusos, grandes
empresas fechadas, centros distantes e exclusivos de
habitação.”
“ Olhar os congestionamentos que os helicópteros mostram na televisão; ao mesmo tempo saber que a produção de carros esta aumentando, e que tem de ser incentivada por uma economia que precisa desse incremento - isso e’ apavorante.”3 O arquiteto
e
urbanista Paulo Mendes da Rocha reclama com razão. A partir da
década de 60, a
cidade passou por um intenso crescimento ligado `a
modernização capitalista e
também `as migrações populacionais. Junto a isso,
as vias de acesso `a cidade
tiveram que acompanhar seu crescimento, dando inicio a
construção de grandes
obras viárias e a reconstrução física da
cidade. Nota-se que esta obra foi
feita para que a mobilidade urbana das classes medias fossem priorizada
e
facilitada não levando em conta a qualidade do espaço (
destruindo o existente
) e ate aumentando os índices de transito. A quantidade de
automóveis cresceu
devido `a melhora da renda em torno da classe media criada pela
modernização
ativados pelo financiamento e o consorcio. Nota-se que
esse crescimento também se deu nos bairros recém criados
e adaptados para a
moradia das novas classes medias, sendo assim a posse do
automóvel semeada em
todo espaço urbano embora destinada minoritariamente `aqueles
que detinham renda
suficiente para adquiri-lo. Em 1977 55% das famílias em
São Paulo não tinham
acesso ao automóvel, ou seja, eram cativas de transporte
publico; 61% das
viagens diárias eram feitas por modo publico de transporte. A
partir desses
dados observamos que a maioria da população continuou
utilizando o transporte
publico e o novo padrão de acessibilidade não foi
igualitário.
“A perversidade
do modelo atual dos transportes” Ainda sim
com o
desenvolvimento e a modernização da cidade, a rede de
atividades da população
no geral ampliou-se aumentando o numero de viagens por pessoa. O
automóvel
passou a ser quase indispensável para a manutenção
de classe de acordo com as
perspectivas colocadas pelo modelo de desenvolvimento. “ A rede de
relações
necessária `a reprodução das classes medias, nas
condições ideológicas em que
foram geradas e frente `a constituição física da
cidade e do sistema de
transportes, não pode ser atendida sem o automóvel” como
diz Eduardo. A classe
media
foi ‘contruida’ conjuntamente com a industria automobilística
que viu nela uma
base real de mercado e de novo consumo e a classe media via nessa
industria ou
melhor, no seu produto o meio de ascensão social e
reprodução. PITU 2020 O Plano
Integrado de Transportes Urbanos ( PITU 2020 ) propõe algumas
diretrizes e um
cronograma para um avanço na direção de uma
metrópole mais democrática. Algumas
destas diretrizes serão mostradas e comentadas a seguir. O plano
propõe: -
Malha
periférica de linhas de metro como complemento
ao sistema radial já existente e em expansão ( linha 4 ),
alem disso, esta
malha atinge outros municípios tornando a metrópole como
um todo mais
integrada; -
Implantação
integral do Rodoanel, melhorias no sistema
viário principal e nos trechos iniciais de rodovias, alem da
incorporação de
anéis de transito prioritários formando orbitais em
relação ao Centro, de modo
que a continuidade do sistema viário seja aprimorada; -
Sistema de
transporte de media capacidade ( VLP - Veiculo
Leve Sobre Pneus ) complementando a
frota de ônibus existente; -
Incentivo `a
integração entre automóvel e coletivo,
com a construção de estacionamentos junto `as
estações e terminais. Propõe
ainda a alteração do custo do estacionamento e
eliminação de vagas patrocinadas
em áreas restritas do Centro Expandido. Substituem-se as vagas
junto ao meio
fio por estacionamentos subterrâneos em lotes privados, liberando
a capacidade
da via e possibilitando a criação de faixas exclusivas
para transporte
coletivo; -
Linhas
circulares de microônibus, aumentando a
acessibilidade por coletivo dentro do centro expandido; -
Pedágio
urbano no centro expandido, com tarifa
equivalente `a uma passagem de ônibus; -
Distinção
entre trem regional (ligação com os outros
pólos metropolitanos, com Campinas, São Jose dos Campos e
Sorocaba ), trem
aproximador ( para atendimento das áreas periféricas
internas `a RMSP ) e trem
especial ( direcionados aos aeroportos, integrando-os `a rede de alta
capacidade ), alem do aumento aos sub-centros metropolitanos,
interligando-os
`a cidade de São Paulo; -
Implantação
de terminais intermodais, com o objetivo
de articular os diversos meios de transporte; -
Incetivo ao
uso de combustíveis de baixa emissão de
poluentes. Embora o
plano
pareça muito bem intencionado e, de fato, apresentar propostas
interessantes
como a criação de estações intermodais e de
estacionamentos junto a tais
estações de maneira que o uso do automóvel seja
minorado, ele parece focado em
uma única centralidade. Na verdade ele demonstra que o poder
publico esta
ciente da existência de outros importantes centros e busca
integra-los `a
cidade, mas o plano enfatiza muito mais o centro expandido. Talvez esta
ênfase seja devida ao “prazo de validade” que o plano possui e `a
escassez de
verba, tentando ao meu ver, ideal, o plano merece uma
avaliação positiva, pois
mostra certa consciência dos problemas e propõe
soluções palpáveis e que podem
ser implantadas a médio prazo. Conclusão A
problemática
dos transportes de São Paulo vem de longa data, desde a
opção pelo Plano de
Prestes Maia, que derrotou a proposta que priorizava o transporte
coletivo e
sobre trilhos. Como se não bastasse escolher a alternativa de
menor custo de
implantação e maior custo de manutenção,
esta opção tornou-se quase um
incentivo ao transporte individual, uma vez que o transporte coletivo
torna-se
muito caro em relação ao que poderia ser caso fosse
utilizada uma rede de
trilhos, já que a energia elétrica, responsável
pelo funcionamento dos trens
urbanos e’ mais barata, levando-se em conta que e’ renovável
alem de não
poluir. Plano de
avenidas de Prestes Maia, 1935. Somou-se a
isso
décadas de quase completo abandono pelo poder publico das
questões de
transporte e, na verdade de outras questões que possibilitaram
que a cidade de
São Paulo se tornasse tão extensa e espontânea.
Não seria difícil prever que em
um certo momento os problemas iam tomar as proporções em
que se encontram em
que se encontram atualmente. Se desde o
inicio houvesse um plano que regesse o desenvolvimento da cidade e o
provimento
de sua infra-estrutura, teríamos, provavelmente, uma
metrópole mais densa menos
extensa e com maior mobilidade já que as distancias seriam bem
menores. Devemos
propor projetos e propostas que tornem a cidade o mais próximo
daquela ideal e
que para isso temos que definir qual e’ esse ideal. Talvez o PITU chega
a um
consenso do que seria próximo de uma “cidade ideal” sendo menos
excludente e
mais produtiva. O transporte
e’
com certeza um dos elementos essenciais para a formação
de uma comunidade mais
democrática, pois o espaço urbano necessita de
comunicações, ligações para ser
definido como espaço, caso contrario são apenas
localizações esparsas e
desconexas. O tema impede de alongar sobre quais são as outras
partes
essenciais,mas pode-se citar algumas dessas localizações:
habitações,
comércios, industrias, serviços, hospitais,
instituições... mas supondo que
todos esses equipamentos existissem em quantidade satisfatória
de nada
adiantaria se o transito que se enfrente para alcança-los ou o
numero de
conduções exigidas para a tarefa, impedem o que o
usuário acesse tais
equipamentos, alem de prejudicar seu funcionamento que depende
justamente da
interação entre eles. O modo mais
pratico, senão o único de real eficiência para
resolver estes problemas e’ a
homogeneização da infra-estrutura, que e’ também
um meio de inclusão social,
pois uma vez que a acessibilidade seja
garantida a toda população e para todas localidades
dentro do espaço urbano,
não ha meios de se manter a especulação
imobiliária que e’ a grande responsável
pela expulsão das populações das áreas mais
bem servidas atualmente pela
infra-estrutura. Se iria também a necessidade e
motivação para a concentração
dos empregos em uma pequena parcela da cidade, na verdade, a mão
de obra que
absorveria esta provisão de infra-estrutura poderia ate ser uma
solução parcial
e temporária do problema do desemprego e as ofertas de emprego
que tendem a
crescer, podem absorver também a mão de obra dispensada
apos a conclusão das
obras. Um sistema
eficiente e homogeneizado garante também que a economia
não fique estagnada.
Quando um uso se enfraquecer, seria substituído por outro de
mesmo potencial ou
maior, a cidade seria capaz de adaptar-se a este uso diverso, mesmo que
não
seja necessariamente na mesma localização. A
resolução da questão do transporte
urbano na RMSP e’ um desafio técnico e muito custoso,mas o
retorno de tal
investimento não so na parte econômica como também
em qualidade de vida para a
população, supera este esforço coletivo. Para
concluir
este estudo, percebi que a questão do transporte urbano tem
muito mais
importância e complexidade do que me parecia, e sua
resolução não se trata
apenas da ampliação de vias existentes e a
substituição de automóveis por
ônibus, mas sim de uma questão de
distribuição. As cidades brasileiras, em
maior atenção a São Paulo, foram adaptadas para o
exercício de um dos papeis da
circulação – o das classes medias como motoristas – em
função de um contexto
especifico de modernização capitalista
autoritária, com a exclusão da maioria da
população do processo decisório. Ha atualmente
duas possibilidades de avanço:
uma melhor organização para influenciar a política
publica de transporte e a
revalorização por parte das classes medias de qualidade
de vida urbana que pode
viabilizar esta redistribuição. BIBLIOGRAFIA Projeto
Transporte Humano –
Associação Nacional de Transportes Públicos ANTP Deak, Csaba “`A busca das categorias da produção do
espaço“ Cap. 5 “
Localização e espaço “ , Concurso de livre
docência, FAU USP, 2001 RMSP – Sistema
estrutural sobre trilhos e sistema sobre pneus
Infra-estrutura viária 2020 <>
![]() |