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Mercado Imobiliário na
Reestruturação do Espaço Metropolitano Penha Pacca O presente trabalho tem como base o projeto de pesquisa iniciado em 2006, o qual procura compreender o movimento da reestruturação da metrópole paulistana. Entende-se por reestruturação o processo pelo qual o capital, com seus ritmos e intensidade diversos vêem mudando sua estratégia de circulação, ampliação e acumulação (Harvey, 1990). A reestruturação teve início na década de 1970 e foi descrita por Harvey, como o movimento pelo qual o capital intervém no espaço urbano, ao buscar novas formas de obtenção de lucro, caracterizado por um maciço investimento territorial, e realizando uma forte expansão urbana e inaugurando uma nova fase da economia. Essa reestruturação atravessou a crise dos anos 80. Essa crise, segundo CSABA (2004), anunciava o esgotamento do estágio de acumulação extensiva no Brasil. Nesse novo estágio da acumulação brasileira continuava a permanência da sociedade de elite – vista como distinta da burguesa -, pois, a acumulação foi se reproduzindo sem ruptura desde a época colonial. Assim, as questões urbanas foram sempre condicionadas à tal acumulação – conceituada pelo autor supra citado, como acumulação entravada - enquanto estágio de desenvolvimento específico de reprodução social desde a Independência até o fim dos anos 1970. No processo urbano, a manutenção da expatriação e a acumulação desimpedida trouxeram uma involução das forças produtivas inibindo a reprodução ampliada e o processo tecnológico, que, dialeticamente, aumentou a produtividade do trabalho, ao mesmo tempo em que encareceu a subsistência da força de trabalho. No processo de estruturação da cidade como metrópole, acentuamos que essa estruturação começa se formar a partir da década de 1930, com a construção de grandes avenidas radiais que levavam ao centro e depois com as canalizações de rios e córregos que acentuaram essa configuração. Tomamos como definição de estrutura o conceito elaborado por Flávio Villaça que por sua vez se apóia em Roger Bastide, para designar estrutura – “um
todo constituído de
elemento que se relaciona entre si a tal forma que a
alteração de um elemento ou de uma relação
altera todos os demais elementos e todas as demais
relações. Observa que as estruturas são dotadas de
movimento (grifo nosso) e que o grande
desafio intelectual consiste em desvendar a fonte desse movimento”.
(VILLAÇA,1998,12)
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