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cd,
10.07.08![]() |
Folha de São Paulo,
2010/07/07
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Observações Jogo dos 7 erros: ![]() |
Dilma apresenta programa polêmico, mas depois recua
Versão inicial propunha
taxar fortunas e combater
"monopólio da mídia"
Repercussão levou o PT, que divulgou a proposta como oficial, a registrar nova versão do texto no TSE no início da noite DE BRASÍLIA O programa de governo de Dilma Rousseff
registrado no final da
manhã de ontem pelo PT propunha taxação de grandes
fortunas, combate ao "monopólio da mídia" e
realização de audiência prévia para
reintegração de terras invadidas por sem-terra. Denominado de "A grande transformação", o primeiro programa de governo foi protocolado no fim da manhã no TSE. Além dos pontos polêmicos, o texto não contemplava as propostas de partidos aliados, como o PMDB. Oficialmente, o PT afirmou que cometeu um erro técnico e entregou à Justiça Eleitoral um texto desatualizado, datado de 19 de fevereiro. A Folha apurou, porém, que uma ala da campanha optou deliberadamente por apresentar como programa de Dilma o texto aprovado no congresso do partido, em fevereiro, com concessões às alas mais à esquerda. Na ocasião, os dirigentes petistas afirmaram que essas propostas seriam diluídas na elaboração final do programa de governo e que era tarefa do partido "puxar para a esquerda" para depois negociar um programa final, principalmente com o PMDB. Mas no final da tarde de ontem a coordenação da campanha chegou à conclusão de que, por conta de reação de aliados e de propostas que a própria candidata não endossou -como a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais-, o texto deveria ser substituído. Antes da decisão, a primeira versão do programa de governo foi divulgada durante toda a tarde nos sites oficiais do PT e da campanha, como a notícia principal. No início da noite, o secretário de comunicação do partido, André Vargas (PR), ainda sustentava que a decisão de apresentar o texto foi da coordenação da campanha. "Não há problema em ter pontos polêmicos nele. Nós somos polêmicos. Isso não é problema, é qualidade. Agora, é um texto provisório que vai ser sempre discutido." O novo documento protocolado no TSE suprimiu o compromisso com a redução da jornada, a taxação das grandes fortunas e as mudanças na política agrária. O PT manteve na segunda versão do programa a afirmação de que o texto ainda é preliminar e receberá contribuição dos nove partidos que compõem a aliança. A entrega das propostas de governo no registro da candidatura é uma nova exigência da Lei Eleitoral, aprovada pelo Congresso em 2009. (RANIER BRAGON, MÁRCIO FALCÃO, FELIPE SELIGMAN E VALDO CRUZ)
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