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CD, 11.10.15
Pesquisa Fapesp, 2008,
julho
Reis
Velloso: transposição São
Francisco; energia hidrelétrica
Mariluce Moura
Edição
Impressa 149 - Julho 2008
(...)
Quanto à energia hidrelétrica, os dois
grandes países do mundo em matéria de
potencial hidrelétrico são Brasil e
Rússia e é só uma questão de
nós sabermos dar uma solução mais
rápida para o problema da licença ambiental.
Existem todas as usinas de que podemos usufruir e temos
que ter uma visão estratégica que
havíamos perdido, por isso tivemos o apagão
dos anos 1990. Isso não pode mais acontecer. Pelo
contrário, temos que estar à frente para
aumentar a participação da
hidrelétrica em nossa matriz energética.
Há espaço ainda para isso?
— Certamente, principalmente na Amazônia. Mas
também em outros lugares, o país tem muita
água, essa é outra vantagem.
O senhor está incluindo o Nordeste nesses
lugares, com a idéia da
transposição das águas do
São Francisco?
— Se fizermos uma coisa bem feita, sim. Há dois
vales no Nordeste que são muito ricos em potencial
de projetos: o do São Francisco e o do
Parnaíba. Irrigação, frutas
irrigadas, vinho... eu tomo um champagne ótimo,
chamado Rio Sol, custa R$ 25. É feito perto de
Juazeiro, Petrolina, por ali. O projeto da
transposição tem que ser colocado em etapas
para fazer sentido. Se soubermos fazer isso, mais adiante
será até possível trazer mais
água do Planalto Central para o São
Francisco. E não é preciso construir
aqueduto, são canais. Mas isso já é
uma quarta, quinta etapa. E refiro-me ao Planalto no
estado do Tocantins, por ali. Vamos fazer a
transposição, faz todo sentido se for
conduzida em etapas. Temos uma proposta elaborada por
Roberto Cavalcanti, o diretor técnico do
fórum, e ele tem algumas idéias muito boas
em desenvolvimento social e desenvolvimento regional. Ele
cuida dessas duas áreas enquanto eu cuido de
ciência e tecnologia, estratégias de
desenvolvimento nacional, nós nos completamos.
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