cd,
03.ago/ rev 05.6.23z
ENDIVIDAMENTO
NORTEAMERICANO,
1970-2003
Desde a
exaustão do
'boom' da reconstrução pós-guerra (1965) e a
falência
do padrão ouro (1971), os EEUU sustentam o crescimento da
produção
mundial consumindo a mais do que produzem à custa do
déficit
na balança comercial, hoje da ordem de meio trilhão de
dólares
(US$ 500 000 000 000.-) anuais, protelando com isso uma crise
semelhante
ao de 1929. Em 1984, a dívida total (empresas,
domicílios,
pública, externa) dos EEUU estava da ordem de US$ 8
trilhões
de dólares -- o equivalente a dois anos de PIB, portanto
impagável
(Deák, 1985):122.
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Com o advento da
recessão, o abandono da paridade dólar/ouro (1971)
e o início da política de endividamento estadunidense
(que)
financia o grosso da expansão da produção nos
países
'centrais', (a ofensiva neoliberal recrudesce
...)
Deák, 2001, n.7 |
2003:
Prosseguindo a mesma
política, mantém-se a proporção
endividamento/PIB
dos EEUU:
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A economista Jane
D'Arista, do Financial Markets Center, analisa regularmente as
informações
contidas no "Flow of Funds Accounts". No primeiro trimestre de 2003, o
estoque total de endividamento do setor não-financeiro nos
Estados
Unidos chegou a US$ 21 trilhões, ou seja, mais do que o dobro do
PIB. Essa cifra inclui, além do endividamento privado _empresas
e famílias_, o débito público total (federal,
estadual
e municipal) e o passivo financeiro das agências públicas
encarregadas de bancar o financiamento da aquisição da
casa
própria. Essas agências vêm liderando as
emissões
de dívida nova e absorvendo grande parte do dinheiro estrangeiro
que corre para os Estados Unidos. A dívida das agências
é
garantida pelo governo americano.
Beluzzo
2003 "O vôo do besouro" FSP, 03.6.22:B2
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Referências
Deák,
Csaba (1985) Rent theory and the price of urban land/ Spatial
organization
in a capitalist economy PhD Thesis, University of Cambridge
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(2001) À busca das categorias da produção do
espaço
Cap. 9 "Globalização ou crise globlal?"
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