Criado 2005.7.21

PEQUENA HISTÓRIA DA HUNGRIA I.
Da fundação à alta Idade Média
(Até 1500)


EPÍLOGO

UmA PEQUENA HISTÓRIA da Hungria  II

DOS DESCOBRIMENTOS ATÉ HOJE


A Hungria prosperava e seguia sendo
um dos grandes rei­nos euro­peus junto à Fran­ça, a Alemanha e a Ingla­ter­ra até o século XV quando os turcos to­maram Constanti­nopla e cortaram a rota terrestre ao Ori­ente. Da noite para o dia a lo­calização estratégica da Hungria viu-se rele­ga­da ao fim do mundo, literalmente, fim do mundo Ocidental. As rotas para o Ori­­en­te tor­naram-se quase exclusivamente marítimas: é a época das navegações, dos 'des­cobri­men­tos' e o centro de gravidade da vida eco­nô­mi­ca se desloca para o Atlântico. A Hungria che­ga a cair parcialmente sob o domínio do Im­pério Oto­ma­no, de­le se livrando sòmente 150 anos mais tarde (~1680), e mesmo então não emergirá como nação independente, mantendo-se na área de influência e sob o do­mínio dos Habsburgos da Áustria, e nessa época, também da Es­pa­nha.

Conduziu uma luta de independência vitoriosa contra a Áustria em 1848-9, mas que aca­bou sendo esmagada pelo Tzar da Rússia no espírito da Santa Aliança dos soberanos da Eu­ro­pa continental --, sob o olhar benevolente da Inglaterra cuja vantagem era o atraso do resto da Europa-- pela salvaguarda das monarquias contra o espírito re­pu­b­licano que ora se forta­le­cia desde a Rev­o­lu­ção Francesa.

Finalmente, a Hungria renasceu como nação indepen­den­te com a 1ª Guerra Mun­dial e a disso­lução da monar­quia Áustro-Húngara.

O Tratado de Trianon, que estabeleceu as fronteiras na­cio­nais na Europa Cen­tral, dando in­clu­sive origem a uma série de países recém-nascidos, usou critérios se­veros para a Hun­gria ao de­limitar suas fronteiras que hoje constituem 1/3 da área original: nelas vi­vem exclusivamente hún­garos, enquanto que todos os paí­ses vizinhos abrigam minorias húngaras importantes. Pa­ra­­doxalmente, tal perda teve sua compensação: na década de 1990 a Hun­gria é um dos paises mais estáveis da região,  de­vido preci­sa­men­te à homogeneidade de sua popula­ção, enquanto que a maioria dos países ao seu redor está às voltas com pro­blemas de identi­da­de e de fragmentação.



Este texto constituía a contracapa da edição dessa História sobre papel, em 1996

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