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5  Capital fixo e a transformação do processo de produção
Csaba Deák Notas de aula 10.10.4
5.2  Progresso técnico e acumulação

(b) Estágios de acumulação extensivo e intensivo


Fica claro do que precede que a acumulação --reprodução ampliada-- não pode proceder sem capital fixo, que é uma precondição das técnicas de produção e que, por sua vez, implicam na evolução das técnicas, causa e consequência do aumento da produtividade do trabalho.

Em outras palavras, reprodução ampliada implica no aumento da produtividade do trabalho.                                     
No entanto, a formulação acima permite distinguir dois estágios inteiramente diferentes na evolução das técnicas, de acordo com o ritmo da evolução e que estão associados com os estágios históricos de acumulação predominantemente extensiva e predominantemente intensiva,  tbm chamados de regimes de acumulação.(17)        


O regime de acumulação extensiva caracteriza-se por uma baixa rigidez de capital (ou uma elevada proporção de capital circulante) e um rítmo lento de introdução de novas técnicas,20 enquanto que o regime de acumulação intensiva é acompanhado por alta (e crescente) rigidez de capital e ritmo (cada vez mais) rápido de incremento na produtividade do trabalho.        As implicações para formas de pago por loc: Cap.6


(17)  'Regimes de acumulação': como em Aglietta(1967).



extensivo:
      o progresso técnico é suficientemente lento para que a baixa velocidade de obsolescência das técnicas tipicamente resulte na substituição de capital fixo devido ao desgaste físico dentro da própria técnica.18           
 Um arado gasto, é substituído por outro igual, e um celeiro, quando necessário, é reconstruído como o antigo.

intensivo:
        o progresso técnico é tão rápido que o ritmo de substituição de técnicas, e por conseguinte, de capital fixo, é dominado pela taxa de obsolescência de ambos,19                               



(19)  Isto é o que dá origem à ‘obsolescência programada’ do capital fixo, característica do capitalismo contemporâneo (ver por exemplo Aglietta, 1967, pp.313ss). A vida útil esperada do capital fixo torna-se ‘vida útil projetada’ [design life].

52a5.  Nova técnica no ... [desvalorização] |   52c.  Rigidez do capital e crises

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