5.2
Progresso técnico e acumulação
(c) Rigidez do
capital e crises de acumulação
/cont.
Com
os
movimentos
inversos
da
taxa de lucro e da taxa de juro, na
verdade,
os
casos
de
substituição,
eliminação e
introdução de técnicas devem ser distinguidos
entre
si.31, como segue:

a)
uma técnica velha será
eliminada quando
rt
< i t e não houver
disponível outra técnica a ser introduzida t < i t (ver caso c), logo abaixo):
b) uma técnica velha é
substituida por uma técnica nova quando
rt
< *t
,
caso
em
que
a
condição
de
introdução da técnica nova (como a seguir)
é satisfeita a fortiori,
visto
que
a técnica antiga
ainda esta em produção (não foi eliminado por i >), de modo que rt > i t
(ver acima); e
c) uma nova técnica é introduzida, como
no caso de um novo produto e/ou após
uma crise, quando
*t > i t
.
|
Em outras
palavras, uma velha técnica
em um processo
individual de produção será substituida sempre
quando houver uma ‘nova’ técnica t
tal
que
proporcione
um
retorno
sobre o total capital novo
adiantado
acima do retorno auferido pela técnica antiga
também sobre o novo capital adiantado –isto é,

31 Em
contraposição
a
Salter (1960) que diz o oposto
(p.58).
|

|

sobre
o
capital
circulante apenas– e
superior
à taxa de juro. Como
já observado, se não houver tal nova
técnica
disponível
mas
o
retorno da velha técnica tiver
caído abaixo da taxa de juro, como durante uma crise, a
técnica antiga é eliminada mas a produção
é sustada, na espera da reorganização da
força de trabalho social, cujo resultado se manifestará
para o capital individual na forma de ‘surgimento’ de uma nova
técnica que satisfaça às
condições acima.32
32 Observe-se
que
isto
não implica na emergência de fato de técnicas forjadas
durante ou logo após a crise: a mera queda da taxa de juros pode
permitir a introdução de técnicas
pré-existentes que antes, enquanto i
estava alta, não podiam ser introduzidas.
|