Depois de meses de negociações
-e ameaças- o governo e as distribuidoras de energia estão
muito perto de fechar um acordo para compensar as empresas pelas perdas
com o racionamento de eletricidade.
O esboço do acordo foi fechado
no início da madrugada de segunda-feira numa reunião na sede
do BNDES no Rio de Janeiro. Sem esse acordo, as distribuidoras ameaçavam
suspender os pagamentos para as geradoras de energia estatais, como Furnas,
a partir de ontem.
O acordo prevê aumento de
tarifas de energia por tempo limitado para os consumidores e a concessão
de empréstimos pelo BNDES para as distribuidoras.
Em média, os reajustes das
contas de luz ficarão entre 4,5% e 5,0%, segundo avaliação
de especialistas do setor. Em tese, os aumentos serão válidos
por três anos, prazo calculado pelo governo para que as empresas
recomponham suas finanças.
[
Um errinho ]
Uma das poucas pendências
é o valor da reposição. As distribuidoras falavam
em R$ 4,9 bilhões, admitiram erro nas contas e baixaram o cálculo
para R$ 4,2 bilhões. Do lado do governo, a conta é de R$
3,5 bilhões.