....2001.11.13
Política de infraestruturas/ Privatização à brasileira
Dito
Folha de S Paulo, 01.11.13: Capa e B-1

Acordo prevê que empresas receberão no mínimo R$ 3,5 bi; pagamento será feito com alta nas tarifas
BNDES financiará perdas das distribuidoras 

RICARDO GRINBAUM

Depois de meses de negociações -e ameaças- o governo e as distribuidoras de energia estão muito perto de fechar um acordo para compensar as empresas pelas perdas com o racionamento de eletricidade.

O esboço do acordo foi fechado no início da madrugada de segunda-feira numa reunião na sede do BNDES no Rio de Janeiro. Sem esse acordo, as distribuidoras ameaçavam suspender os pagamentos para as geradoras de energia estatais, como Furnas, a partir de ontem.

O acordo prevê aumento de tarifas de energia por tempo limitado para os consumidores e a concessão de empréstimos pelo BNDES para as distribuidoras.
Em média, os reajustes das contas de luz ficarão entre 4,5% e 5,0%, segundo avaliação de especialistas do setor. Em tese, os aumentos serão válidos por três anos, prazo calculado pelo governo para que as empresas recomponham suas finanças.

[ Um errinho ]
Uma das poucas pendências é o valor da reposição. As distribuidoras falavam em R$ 4,9 bilhões, admitiram erro nas contas e baixaram o cálculo para R$ 4,2 bilhões. Do lado do governo, a conta é de R$ 3,5 bilhões.

 
Não dito
A política secular de fragilização das infraestruturas...

1) O Estado, ao privatizar setores-chave da infraestrutura, perde o poder de controle e de planejamento na área;
2) Nessas condições, o Estado chega a poder ser 'ameaçado' pelas empresas privadas.

 


 
Questão
Qual o sentido econômico real na privatização (fragmentada, como aqui, no setor elétrico -- mas também nas telecomunicações), além da fragilização do Estado e da estrutura produtiva nacional? 
[R.: Mais (regulação pelo) mercado não é...] 

 
Contraponto
Compare-se essa política com a política do defunto II PND  ver; tbm Investimentos em saneamento  .......

  Leitura
.
Indice DnD