Folha de S Paulo,
01.11.20:
B-7
Luiza
Damé
Tabela do IR poderá ter reajuste
de 20%
Antecedentes: -Há
alguns meses o governo apresentou proposta para acrescentar uma terceira
alíquota de IR em adição aos atuais 15 e 25%, de 35%,
tornando o imposto de renda da pessoa física mais progressivo. A
proposta foi imediatamente desqualificada no Congresso como pretexto para
o governo evitar de reajustar a tabela atual (de limites de faixa e de
deduções), sem reajuste desde 1995. De fato, devido à
inflação, na prática os limites e as deduções
foram desvalorizadas, resultando em substancial elevação
do imposto mormente nas faixas de renda inferiores (estimado em mais de
R$ 9 bilhões acumulados).
A partir daí a
discussão passou a girar em torno da medida de reajuste, algo entre
0 e 35,29% aprovado nas comissões da Câmara, que o governo
se dispos a vetar.
O presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), vai colocar
em votação na próxima semana o projeto que corrige
a tabela do Imposto de Renda da pessoa física. Como não houve
acordo, cresce o apoio para o reajuste em 20%. |
...Segundo [o deputado Ricardo] Berzoini (representante
do PT nas negociações), a tentativa do governo de criar outras
alíquotas está superada. Qualquer mudança de alíquota
que represente a cobrança de mais imposto tem de ser aprovada neste
ano para valer em 2002. |
O assunto foi fechado
com chave de ouro algumas semanas mais tarde:
Folha S Paulo,
01.12.11:A-Governo
O presidente Fernando Henrique
Cardoso afirmou ontem no Rio que considera mais importante reduzir a pobreza
do que resolver a concentração de renda.
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"A questão da pobreza dos países não é simplesmente
a da distribuição de renda, mas a da diminuição
da pobreza", disse, durante palestra na conferência da Rede Global
de Desenvolvimento, do Banco Mundial. |
Como se a condição
para tal não fosse crescimento suficientemente rápido para
contrabalançar o efeito da concentração de renda --
o contráro da política econômica recessiva praticada
por seu governo.
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