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 Estado e ideologia  |  Desenvolvimento: pró
CD, 10.07.07

Folha de São Paulo, 2010/07/07

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Brasil e Bric

Em artigo publicado pela Folha, na semana passada, o economista e jornalista britânico Martin Wolf chamava a atenção para o descompasso entre o ritmo de crescimento da economia brasileira e o verificado na China e na Índia -vizinhos na sigla Bric.

Apesar do inestimável valor da consolidação da democracia e da estabilidade econômica, o articulista lembrava que o crescimento médio do país ficou em 2,9% ao ano entre 1995 e 2009. No mesmo período, a elevação da renda foi de apenas 22%, ante 100% na Índia e 226% na China. Como resultado, "a parcela brasileira na produção mundial caiu de 3,1% em 1995 para 2,9% em 2009. A China saltou de 5,7% para 12,5%, e a Índia, de 3,2% para 5,1%".

Apesar da euforia oficial com a perspectiva de o PIB do Brasil crescer em 2010 acima de 7%, sabe-se que esse ritmo não é sustentável. As estimativas apontam para um recuo ao patamar de 4,5% nos próximos anos.

No mesmo sentido das considerações de Wolf, reportagem publicada no domingo passado mostrava que, apesar de o crescimento do Brasil ter superado o dos EUA nos últimos seis anos, a diferença de nível de renda entre brasileiros e norte-americanos é maior agora do que foi em 1980.

Mais uma vez, a comparação com economias asiáticas é desvantajosa. A Coreia do Sul praticamente se igualava ao Brasil em 1980 -seu PIB per capita equivalia a 18,8% do norte-americano. Mas, no ano passado, esse percentual já alcançava 60,3%.

A grande diferença reside na dificuldade encontrada pelo Brasil em manter taxas elevadas de crescimento ao longo do tempo.

A boa notícia é que o país, cuja renda per capita ainda é superior à chinesa e à indiana, tem condições de superar os obstáculos. Para isso, entre outras medidas, terá de dar prioridade à educação, tornar o Estado mais eficiente, avançar na geração de bens de maior valor agregado e estimular a poupança interna e o investimento.

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