.Verbetes
 

Capital fixo e substituição das técnicas  versão preliminar


Versão preliminar 5.6.14
Rev. 5.9.13; 6.12.18
.Conexões
 Técnica de produção.|.Transformação do uso do solo.|.Capital.|.Teoria de renda |.Marginalismo



K-fixo/ cd, 5.6.14






 
Figura 5.1* Obsolescência do processo individual de produção.- Com a queda do preço de mercado  segundo a aumento da produtividade do trabalho Ot, cai o retorno R de um processo de produção individual (a em cima), e consequentemente também a taxa de retorno sobre seu capital circulante (b em baixo). Quando essa última cai abaixo da taxa de lucro presumido p, a técnica (de produção) se torna obsoleta e deve ser substituída. Nesse momento , o respectivo capital fixo é completamente desvalorizado (a área mais escura no diagrama (a) é a contribuição do capital fixo no retorno total R).

Fonte: Figura e legenda de Deák (1985) : 139.

Capital fixo e substituição das técnicas
 
A única distinção essencial em seu capital que se impõe ao capitalista é aquela entre capital fixo e capital circulante.
 
Engels, em Capital III, 1895

Um processo individual de produção utiliza meios de produção  como maquinário e edificações que duram mais de um período de produção (por exemplo, um ano) constituindo o capital fixo, cujo preço retorna gradativamente (é amortizado) durante o período de sua vida útil (por exemplo, um décimo do investimento cada ano durante dez anos) e outros, como força de trabalho e matéria-prima, cujo preço retorna ao fim de cada período de produção, constituindo o capital circulante.

Uma técnica de produção nada mais é do que uma particular combinação dos diversos meios e materiais de produção. Um processo individual de produção novo determinará o uso de cada meio na combinação de acordo com a melhor técnica, sendo essa a mais produtiva (que resulta no menor preço de produção).

***

O processo individual de produção: capital fixo e circulante
A escolha da 'melhor técnica', det
ermina a proporção de capital fixo e circulante; o retorno sobre o capital fixo deve se dar durante sua 'vida útil"; seu desgaste físico pode não coincidir com sua obsolescência técnica;

Progresso técnico: o aumento da produtividade leva a uma queda dos preços, que por sua vez acarreta uma queda do retorno sobre as técnicas já implantadas (velhas);

Retorno sobre capital novo: taxa de retorno sobre o capital circulante
   "O passado é para sempre passado e toda vez recomeçamos do zero..."
 Marshall

Obsolescência: a taxa de retorno r cai abaixo da taxa média de lucro (presumido: Keynes)

Substituição da técnica velha -- obsoleta.

***

Discussão: observar a diferença com o conceito Ricardiano de marginalismo/
equilíbrio (que nunca se concretiza), à base também da teoria de renda. Devido ao progresso técnico, uma técnica de produção começa tornar-se obsoleto no dia de sua implantação (uma técnica nova já seria diferente no dia seguinte). Supor a constante substituição das técnicas de produção pela melhor ténica do dia --alcançando-se sempre novos 'equilíbrios'--, como faz o marginalismo, é ignorar a presença do capital fixo e a decorrente rigidez do capital e da própria técnica de produção.
 
Bibliografia
  • Deák (1985) Rent theory and the price of urban land/ Spatial organization in a capitalist economy PhD Thesis, University of Cambridge, Cambridge, especialmente "Chap.5 Fixed capital and the transformation of the production process"
  •  Engels, Friedrich (1895) Nota inserida in Marx, Karl Captial III (editado por Engels), Lawrence & Wishart, London, 1954, p.75.
  • cd,5.6.14


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