Rigidez de uma técnica de
produção. - Onde <fi-barra> é
a rigidez dá técnica de produção no momento
da implantação do processo
produtivo; <fi> é a composição de rigidez do
capital K/k, T o
tempo
de vida útil (presumido) do capital fixo e <pi>
a taxa média de lucro na economia (Deák, 1985:137). A
presença desse último termo ilustra o
fato de que a
rigidez da técnica de produção não é
uma característica intríseca do processo de
produção
individual, dependendo também da economia como um todo,
explicitando a
inserção do processos de produção
individual na produção social.
Figura
5.1* Obsolescência do processo individual de produção.-
Com a queda do preço de mercado segundo a aumento da
produtividade do trabalho Ot, cai o retorno R de um processo de
produção individual (a
em cima), e consequentemente também a taxa de retorno sobre seu
capital circulante (b em
baixo). Quando essa última cai abaixo da taxa de lucro presumido
p, a técnica (de produção) se torna obsoleta e
deve ser substituída. Nesse momento , o respectivo capital fixo
é completamente desvalorizado
(a área mais escura no
diagrama (a) é a
contribuição do capital fixo no retorno total R).
* Fonte: Figura e legenda de
Deák (1985) : 139.
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Técnica
de produção
Uma técnica de
produção é uma particular combinação
dos diversos meios e materiais
de produção. Um processo individual de
produção novo
determinará o uso de cada meio na
combinação de acordo com a melhor técnica, sendo essa
a mais produtiva (que resulta no menor preço de
produção).
O capital investido em uma
técnica de produção é composto de capital fixo (maquinário,
edificação e localização) e capital
circulante. A rigidez do capital investido, e com ela a rigidez da
prória técnica
de produção, depende da proporção do
capital fixo sobre o capital circulante, o
período de obsolescência do capital fixo e da taxa de
lucro médio na economia. A presença desse último
mostra que a rigidez da técnica não é apenas
intrínseca --não depende apenas de suas próprias
características--, senão, está inserida na
produção social como um todo.
A substituição de uma
técnica de produção implica no custo da
desvalorização do capital fixo ainda não
amortizado, desmentindo o pressuposto do equilíbrio --e da
transformação instantânea e sem custo-- da teoria marginalista.
*
A
presença da taxa de lucro, não
intríseco ao processo de produção
individual, senão
à economia como um todo, na
fórmula da rigidez ou nas condições de
substituição da técnica (figura inferior), ilustra
a
inserção do processo de produção individual
na produção social como um todo.
Referência
Deák
(1985) Rent theory and the price of urban land/
Spatial organization in a capitalist economy PhD Thesis,
University of Cambridge, Cambridge, especialmente "Chap.5 Fixed
capital
and the transformation of the production process"
cd,5.9.13
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