8.5b
Os instrumentos de organização do espaço
Organização espacial
significa primeiro, produção do espaço urbano e
segundo, regulação de seu uso. A primeira fica inteiramente a cargo
de Estado, enquanto que a segunda é exercida em uma
combinação de regulações pelo mercado e o
Estado. No espaço
urbano produzido pelo Estado, localizações são
colocadas (posited) com mercadorias a
serem coomercializadas no mercado restrito por regras impostas pelo
Estado.
O instrumento
de regullação pelo mercado é o preço da localização
analisado nos capítulos anteriores (geralmente, terra);
Regulação
pelo
Estado:
superimposta
à
regulação
do Estado por meio de legislação
do do uso do solo
(/urbanística/), referente tanto às atividades quanto aos
padrões de assentamento admitidos em zonas de uso do zoneamento
da aglomeração urbana;
Finalmente,
diferenciação do espaço urbano é definida
por obras públicas a
cargo do Estado, seja em antecipação
(indução), ou em atendimento a requisitos surgidos a posteriori (remoção
de gargalos), da transformação do espaço.(33)
Estes
são complementados:: medidas adicionais à
disposição do Estado.
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(33)
Distinção nada fácil ou clara. Ex.:
ampliação do aeroporto de Londres pode corresponder a
uma
'demanda', mas certamente permitirá uma
ampliação do papel internacional da City e induzir uma
elevação da intensidade de seu uso do solo.
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(vimos) Taxação : imposto IPTU --mais
condição necessária [com propriedade privada) que
meio de regulação , mas pode
ser utilisada como tal, aiinda que somente em casos particulares
isolados. --
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Desapropriações e seu anverso, subsídios ou mesmo
cessão ou doação de localizações, e
se o resto falha, uso de força policial (como em
remoção de cortiços ou favelas) são ainda
outros meios de organização espacial que no entanto
só podem ser utilizados dentro de limites se o Estado quiser
preservar a primazia da forma-mercadoria, porque tais
meios
auxilliares
são
transgressões manifestas
da reificação das relações sociais.
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c) O processo urbano
Mas agora o mercado triunfou
sobre a comunidade.
Christopher Hill, 1967:152(*)
(Não há 'setor de mercadorias' no espaço urbano e
a produção do espaço fica inteiramente no
âmbito social, coletivo)
A totalidade da vida
re-emerge no processo urbano. |
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(*) Reformation to industrial
revolution Penguin, Harmondsworth, 1969
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