Globalização acabou se tornando uma das palavras-chave mais em voga dos anos oitenta e sobrevive nos anos noventa, ao lado de outras tais como, ‘privatização’, ‘ecologia’, ‘desenvolvimento sustentado’ ou o ‘fim da história’, além dos inúmeros neo- e pós- -ismos, como neo-liberalismo, pós-fordismo, pós-industrial ou pós-moderno. No entanto, no caso da globalização assim como no dos demais neologismos citados, uso frequente ou largamente difundido não é garantia de significado claro ou sequer emprego consistente. De maneira geral, neologismos são utilizados como se fossem novos conceitos quando na verdade procuram apenas encobrir o sentido de conceitos pré-existentes bem definidos, substituindo-os.

Dão ilusão do novo, ao mesmo tempo que fazem perder a perspectiva histórica

Chegamos assim a uma série de distinções que marcam conceitualmente a passagem da soberania moderna para a soberania imperial: do povo para a multidão, da oposição dialética para a administração de híbridos, do lugar da soberania moderna para o não-lugar do Império, da crise para a corrupção.
        Micheal Hardt e Antonio Negri Império Record, Rio, 2003 (:222)

Deák (1994) Globalisation, or global crisis? Versão port, (2001) "Globalização ou crise global?" Anais, ENA-Anpur 

cd,4.8.11