
Bismarck governou a
Ptússia, depois a Alemanha (1870-) com "mão de ferro" de
1862 a 1890.
|
Bonapartismo
Tanto
na Áustria como na Prússia ela (a moderna grande
burguesia) tinha, de fato, a oportunidade
de "ràpidamente colocar sob seu jugo" a monarquia "por meio da
dívida
nacional", mas ela não se valeu desta oportunidade em qualquer
dos
casos. (...) Essa burguesia não quer governar.
Engels The Peasant War in Germany,
Prefácio 1874
Todas
as classes dominantes
da Alemanha, tanto os Junkers como os burgueses, haviam perdido suas
energias
a tal ponto, ser sem-caráter tornou-se tão generalizado
na
Alemanha 'educada', que o único dentre eles que ainda ostentava
força de vontade, tornou-se por isso só seu maior
expoente
- e tirano, segundo cuja música dançavam até mesmo
contra seu melhor juízo e natureza.
... Bismarck realizou os anseios da burguesia
alemã contra sua própria vontade. (...) A Prússia
tornou a ser uma Grande Potência, e não mais a 'quinta
roda'
do carro da Europa. A realização das
aspirações
nacionais da burguesia ia de vento em popa, mas o método
escolhido
não foi o método liberal burguês. ... Bismarck
executava
seu programa nacional com uma velocidade e precisão que os
enchia
de espanto.
Engels,
The role of force
in history 1888.
B~ é uma
forma política e de governo que se desenvolve em sociedades em
que a burguesia já tem
força suficiente para dominar a economia (mediante as
relações capitalistas de produção), mas ainda não o suficiente para
adaptar as instituições, produzir uma ideologia e impor
sua hegemonia.
Os governos de Napoléon Bonaparte III na França e de
Bismarck na Alemanha são os exemplos históricos mais
acabados de bonapartismo (de onde seu nome). Ambos eram
sucedâneos de monarquias
absolutistas através de revoluções burguesas
incompletas, que criaram formas políticas despóticas ou
autoritárias em lugar de instituições
burguesas liberais.
Na
história brasileira o conceito de bonapartismo pode ser
útil na interpretação de alguns períodos,
tais como, o primeiro período Vargas ou o governo Collor.
Bibliografia
ENGELS, Friedrich (1888) The rôle of force in history Lawrence and Wishart,
London, 1968
DEÁK,
Csaba (1991) "Acumulação
entravada no Brasil" Espaço
& Debates 32:32-46 esp. in
fine
(von Bismarck Collor de Mello?)
cd,5.6.17 / rev 5.7.4
|