Apresentação
Nômades nas estepes
A conquista: nos Cárpatos
A época das expedições
Consolidação: o território
A monarquia feudal
Economia européia 
A consolidação do Estado
O apogeu do feudalismo
A Bula de Ouro (1222)
O ocaso do feudalismo
A invasão dos tártaros
Os últimos Árpádinos [1301]
Os reis Anjou [1308-1382]
Os turcos e Hunyadi [1430]
O rei eleito: Mátyás
Nasce um novo mundo 
Epílogo: HISTÓRIA II: Dos
  descobrimentos até hoje

Criado 2005.7.21

PEQUENA HISTÓRIA DA HUNGRIA I.
Da fundação à alta Idade Média
(Até 1500)


  Século XII: o apogeu do feudalismo

II. Géza e III. Béla

Após um interlúdio de uma geração de lutas internas articuladas em torno das su­cessões no trono, mas que também envolviam sempre um confronto entre se­nhores e os homens livres que resistiam a sua paulatina submissão à servidão feu­dal, a Hungria iniciou outro período estável sob Géza II (1141-61) que, além da rivalidade papa/ imperadorera a época de Frederico Barbarossa,  que passou seu longo reinado na luta, de resto inconclusiva, com o papado pela hegemonia européia–, estava agora equili­brando sua política externa contando também com o temporário recrudescimento do poder de Bizâncio. Dominando uma das rotas comerciais –a terrestreque conecta­vam as re­giões mais dinâ­micas da Europa sobre o canal da Mancha e o Báltico com o oriente (Pér­sia, Índia, China), a Hungria prosperava entre os demais grandes reinos euro­peus junto com a Fran­ça, o Sacro Império Romano ou a Inglaterra.

A
sucessão de Géza se deu em meio a novas dis­putas, com candidatos rivais ao trono sendo apoiados por bizantinos, o papado e o Sacro Império Romano. Fi­nalmente ascendeu ao trono um jovem príncipe educado na corte de Bizâncio, Béla III (1173-96).

Bizâncio podia estar em plena decadência, mas ainda dispunha do aparelho estatal mais desenvolvido do mundo, se incluindo a cambaleante Chi­na. Béla III (que teve uma educação na corte de Constantinopla pa­ra eventualmente assumir o trono bi­zantino) apro­veitou seus conhecimentos de administra­ção governamental e montou uma burocracia eficiente sem precedentes na Hungria. Esta lhe possibilitou cobrança de impostos e pedágios, desenvolver osText Box: O grande selo de
                III Béla monopólios reais de mineração de sais e de metais, ampliando seu poder baseado nas suas imensas possessões pessoais. Quando pediu a filha do rei da França em casamento, aquele se informou sobre a fortuna de Béla e a história registra que esta era apenas superada (e por parcos 10%) pelos bens do rei nais rico da Europa da época, Ricardo Coração‑de­‑Leão[1]. Ao no­vo declínio de Bizâncio, reocupou imediata­mente a Cro­á­cia e a Dal­mácia, incluidas as cidades costeiras, dei­xan­do Veneza na espera de uma oportunidade melhor pa­ra assenhorar‑se delas de novo algum dia.

Europa, séc. XII. Mapa: MEP. Na extremidade ocidental do continente, na esteira do re­fluxo árabe, nasce Por­tu­gal que, estando os espaços do Mediterrâneo tomados, logo se orientou para a na­vega­ção no Oceano Atlântico, explorando a costa Africana em busca de co­mér­cio.


[1] Que, sendo rei inglês e descendente de Guilherme o Conquis­ta­dor, possuía metade da Inglaterra e da França.


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