
Apresentação
Nômades nas
estepes
A conquista: nos Cárpatos
A época das expedições
Consolidação: o território
A monarquia
feudal
Economia européia
A consolidação do Estado
O apogeu do feudalismo
A Bula de Ouro (1222)
O ocaso do feudalismo
A
invasão dos tártaros
Os últimos Árpádinos
[1301]
Os reis Anjou
[1308-1382]
Os turcos e
Hunyadi [1430]
O rei eleito: Mátyás
Nasce um novo mundo
Epílogo: HISTÓRIA II: Dos
descobrimentos até hoje
Criado
2005.7.21
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PEQUENA HISTÓRIA DA
HUNGRIA I.
Da fundação à alta
Idade Média
(Até 1500)
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IV. Béla e a invasão dos tártaros
Ainda durante a vida de András II, seu filho Béla, o futuro Béla IV (1235-70), tentou restabelecer o poder central e à sua ascensão perseguia essa política com bastante energia e habilidade. Mas a essa altura uma nova força fez sua aparição no Leste europeu com a velocidade e força destruidora de um raio.
Desde o século V, quando a invasão dos hunos acelerou a desintegração
do Império Romano, os povos asiáticos que faziam sua aparição no cenário europeu o faziam como reflexo, por efeito de cascata, dos gigantescos movimentos dos povos mongóis nômades
limítrofes da China. Quando a China ‘empurrava’ os
mongóis para o oeste, estes por sua vez empurravam seus vizinhos ocidentais em sucessão e dependendo da intensidade do empurrão, seu efeito mediato se fazia sentir a 15 000 km a oeste de lá na forma do surgimento de povos nômades mais ou menos fortes, como os búlgaros, ávaros, –os próprios húngaros–, kunos, com resultados mais ou menos traumáticos para o Leste europeu. Mas agora nasceu centrado em Mongólia um império que ia do Pacífico ao Mar Negro e entrou em contato direto com a Europa. Um príncipe Mongol unificou as tribos mongóis sob seu poder, tomou o título (1206) de Djenghis Khan (Senhor do Mundo) e antes de sua morte (1227) conquistou a metade da China, a Pérsia,
os Principados Russos do Sul e tudo que havia no meio.
Djenghisz Khan
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Europa,
século XIII. Mapa: MEP.
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Seu sucessor completou a conquista da China e voltou para estender suas fronteiras no Oriente Médio e na Europa. Os búlgaros da Volga e os principados russos do sul foram aniquilados (1236-8) (esses últimos se libertariam após dois séculos e meio) assim como os kunos e os alanos (1237-40). Em 1241 foram invadidas a Polônia e a Hungria e toda resistência armada aniquilada com a exceção de algumas fortalezas na Hungria ocidental – o próprio rei teve que se abrigar em uma cidade numa ilha Adriática. À mo rte do Khan o exército invasor se retirou para seu comandante, Batu Khan, neto de Djenghis Khan tomar parte na eleição do novo Khan como principal aspirante à sucessão. Independente desse fato fortuito, o Império Mongol estava no limite de seu alcance e não poderia almejar controle permanente de áreas desfavoráveis à vida nômade, em regiões montanhosas e com assentamentos permanentes e semeados de praças‑forte. Mas continuou a ocupar a região limítrofe à leste da Hungria por mais dois séculos – o Principado de Moscou só recobriria sua autonomia ao final do século XV-- e a invasão em si constituiu um trauma do qual os país levaria duas gerações para se restabelecer.
De fato, o restante do longo reinado de Béla IV –após uma rápida guerra contra o principe austríaco [1] para retomar os três departamentos fronteiriços dos quais aquele havia se apoderado durante o ataque do tártaros-- foi
dedicado ao trabalho de reconstrução do país, fundação de cidades, castelos e fortes e repovoação das regiões mais atingidas, tarefa em que
ele provou ser mais competente do que na organização da
defesa contra or tártaros. Ainda assim, à sua morte recrudesceram as lutas dinásticas, e os
castelos e fortes (mais numerosos que as cidades) tornaram‑se bases para latifúndios de poderosos barões e causa de novo fracionamento do poder.
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Assentamentos
estimulados ('privilegiados') com a
indicação dos maiores grupos
étnicos, em torno de 1260.
Destaca-se a grande
extensão ocupado pelos kunos
(cavaleiro kuno ilustrado acima), na
planície central, alí admitidos ainda em
1239, em sua própria fuga dos tártaros. Mapa:
HSz.
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[1]
Membro
da enérgica dinastia dos Babenberg,
que fundara e fortelecera o
principado de Áustria (Ostmarkt) ele
acabaria sendo também o último.
Inconformado com o revés sofrido,
montou uma nova tentativa de
conquista fronteiriça em 1246. Ele
chegou a vencer o primeiro encontro,
mas pagou a vitória com a vida e na
Áustria seguiu-se um luta
encarnicada por sua sucessão (cf.
também seção subsequente).
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